segunda-feira, 23 de dezembro de 2013


                                                            2014.  E AGORA GALO?  


O futebol sera sempre uma caixinha de surpresas. E ser essa caixinha de surpresas e´ exatamente o que o torna tao rico e emocionante. 

Amantes do Galo serão sempre apaixonados. Casamento sem divorcio. Quando ele nos decepciona passamos algumas horas o maldizendo, porem logo voltamos ao normal e novamente voltamos a colocar nossa paixão no lugar de sempre.

Essa paixão que nos faz incoerentes e a mesma que nos aproxima e nos prende em correntes a esse time tao grande e querido.

Tivemos dois anos maravilhosos. Vice campeão de 2012 em um campeonato que pra não dizer que fomos roubados podemos afirmar que foi cinzento...sem transparencia. Mudança de data de jogos propositais, suspensão do melhor jogar sem motivos, etc.

Campeão da Libertadores em 2013. Oitavo lugar no brasileiro sem colocar motivação e interesse em campo e terceiro melhor time do mundo. Quantos times temos no mundo?

Podem dizer tudo que quiserem. Mas o Galo em dois anos nos deu alegrias que não víamos a muito tempo. Desde Reinaldo e Cerezzo não tínhamos um time que nos fazia ir a campo com a certeza da vitoria. Agora temos.

Em 2014 entra novo técnico, novos jogadores e ai?  O que ira acontecer? Ronaldinho fica?

Temos que ter a consciência que o futebol e o nosso Galo estarão sempre em mutação e não maturação. No futebol não da pra acertar no futuro com os erros do passado pois o futuro sera sempre uma interrogaçao. Menos nossa paixão, essa permanece imutável.

Estive no Mineirao contra o São Paulo no ano que perdemos o brasileiro com 10 pontos na frente e fomos vice campeão sem perder pra ninguém. Injustiça? Coisas do Futebol?

Naquele ano jurei não voltar a ver jogos de futebol. Durou uma semana essa minha decisão.

Estarei e estaremos todos juntos com o Galo em 2014. Com títulos ou não, Com Cuca ou não? Com Ronaldinho ou não.

A frase da Libertadores: "Eu acredito" sempre esteve na nossa língua e nos nosos corações.

Acreditemos sempre...Como sempre.  Galo neles.

domingo, 24 de novembro de 2013


                                                      "FAZ O TERCEIRO, PORRA..."

A fala de Júlio Batista entristece aos amantes do Futebol. Sejam Atleticanos, Vascainos ou Cruzeirenses. Se for um torcedor serio e com ética em sua formação ficara triste. O futebol tem uma importância muito grande na vida dos brasileiros. Nossos fins de semana tem no futebol um motivo de alegria e diversão. Quanto um time, um juiz, uma entidade ou uma pessoa faz do futebol um negocio desonesto fere a todos.

Um time campeão que ignora a importância do próprio título e o joga na latrina não merece a conquista. Se o Cruzeiro fosse realmente serio  mandaria este jogador embora imediatamente, pelo menos para dar satisfação a sua torcida.

Já a CBF e o STJD como responsáveis pela lisura deste esporte deveriam tomar providências enérgicas e exemplares. Convocar todo o time e diretoria de Cruzeiro e Vasco para darem explicações e se encontrassem fatos que comprovassem essa lambança provocar punições que inspirem a todos a obrigaçao da lisura, da ética e da responsabilidade com o publico.

Já os times que foram prejudicados com essa sujeira deveriam tomara providências diversas: Forçar a CBF a se manifestar, obrigar a imprensa a mostrar a verdade, dirigir oficialmente ao Cruzeiro e Vasco seu descontentamento.

Fatos como esse não podem se tornar apenas especulação de torcida no Facebook ou Twitter. Foi dito pra quem quiser ver, basta ler os lábios do jogador.  Não diga que o contexto e outro pois o brasileiro não e bobo.

Fim de semana triste...Pena mesmo.  Que se retire os parabéns ao campeão que não sabe honrar suas conquistas.

      

domingo, 2 de junho de 2013



SANTO PE ESQUERDO...

Comprado por Oito milhões de Reais, valor alto para um goleiro no Brasil, Vitor devolveu o dinheiro ao Galo com juros, correção monetária, inflação e qualquer correção que sugerirem.

Com um santo pé esquerdo levantado na direção da bola ele chutou com força e empurrou o mau agouro e a torcida contra pra longe.

Com o time jogando mal, sendo pressionado pelos mexicanos, Ronaldinho bem marcado o GALO estava dando adeus a Libertadores por uma daqueles lances inesplicaveis, absurdos, desproporcionais, malditos que o futebol nos reserva sempre. Um penalti aos 46 minutos do segundo tempo...inacreditavel.

Um 2 a 1 naquela circunstancia seria impossível recuperar pois o futebol apresentado era ruim e o juiz não esperaria tempo algum apos a cobrança.

Torcedores aos prantos, incrédulos e perplexos. Galo fora da Libertadores. Sera mesmo ???

O Atacante bate no meio do gol, Vitor cai pra direita....Impossível a defesa....Impossível mesmo???  Não. Todos esquecemos do pé esquerdo...Ele levantou o pé esquerdo e enxugou na hora lagrimas de todos os atleticanos. Galo vivo na Libertadores.  Galo e Brasil na Libertadores.

Os Deuses do futebol não permitiram a injustiça de punir o melhor time da competição com uma desclassificaçao improvável  e sobrenatural...Ou foram os bons espíritos???

Que Deus proteja esse pé esquerdo. e o direito também.

Obrigado Vitor. Esta defesa sera imortalizada e contada por gerações.

E Galo neles.



PRIMEIRO TÍTULO DE RONALDINHO NO GALO.

Galo Bi-campeao Mineiro 2012/2013. Primeiro título de Ronaldinho no Galo. Serão muitos???

Manter um jogador deste nível não sera tarefa fácil para Kalil.  Qualquer esforço que acontecer valera a pena como já se comprovou desde o inicio de sua temporada em BH.

Todas as previsões negativas caíram por terra com um futebol talentoso, pragmático, diferente, empolgante, participativo, contagiante, brilhante. Os comentaristas aproveitadores de polemica espalhados pelo Brasil caíram do cavalo e tiveram que se render, pedir desculpas e elogiar o craque.

O campeonato Brasileiro escapou por um triz, ou por um Fluminense.  Mineiro conquistado e Libertadores a todo vapor.

Ronaldinho leva o time nas costas servindo aos colegas gols prontos.  Quando ele se ausenta o Galo perde, quando joga mal passamos sufoco.

Nesse campeonato mineiro foi extremamente valorizado pelo Cruzeiro ate a final. Ganharam todas, inclusive do Galo na primeira rodada e se achavam, at´´e que encontraram Ronaldinho de novo jogando pra valer. 

Ganhamos o título no primeiro jogo e deixamos o Cruzeiro encurralado,agora pronto para desvalorizar o campeonato que n~~ao conseguiriam ganhar.

Disseram que n~~ao comemoram campeonato Mineiro em praça publica...Que soberba. Pois n´´os do GALO comemoraremos ate campeonato de palito na praça Sete pois o reconhecimento a luta de meses deve ser destacada sempre, com humildade de campeão e sorriso dentuço de craque.

Ano que vem tem mais Cruzeiro. Se preparem, pois com Ronaldinho em campo seu futuro sera negro.

domingo, 16 de setembro de 2012


A Massa – Armando Nogueira

Armando Nogueira, jornalista e escritor faleceu aos 86 anos, no Rio de Janeiro, vítima de câncer. Armando Nogueira é ícone e enciclopédia do futebol brasileiro.

A ele, autor da crônica “A Massa”, os cumprimentos da nação atleticana. Abaixo a crônica?

Torcidas, haverá as mais numerosas (Flamengo) ou mais conhecidas por sua grandeza (Corinthians), mas nenhum séqüito futebolístico brasileiro se compara a massa do Clube Atlético Mineiro em mística apaixonada, em anedotário heróico, em poesia acumulada ao longo dos anos. “A Massa”, como é simplesmente conhecida em Minas Gerais, compartilha com a torcida corintiana (”A Fiel”) a honra de deixar-se conhecer com um substantivo ou adjetivo comum transformado em nome próprio, inconfundível. A Fiel, A Massa: poucas outras torcidas terão realizado tal operação de mutação de um nome comum em nome próprio. No caso do atleticano, a alma do time não é senão a alma da torcida.
Toda a mística da camisa, das vitórias sobre times tecnicamente superiores (e também das derrotas trágicas e traumáticas), emana da épica, das legendárias histórias que nutre sua apaixonada torcida: nem o Urubu, nem o Porco, nem o Peixe, nem a Raposa, nem o Leão, nem nenhum animal mascote se confunde com o nome do time, com sua identidade, com sua alma mesma, como o Galo com o Atlético Mineiro. Nenhum outro time é conhecido por tantas vitórias improváveis só conquistadas porque a massa empurrou. ”Quem possui uma torcida como esta, é praticamente impossível de se derrotado em casa” (Telê Santana). Pelos ídolos de 69 ou 70, o timaço do Cruzeiro já tetra ou pentacampeão entrava em campo mais uma vez e parecia que de novo ia humilhar o Atlético. Mesmo naquele clássico durante vacas tão magras, a massa atleticana era, como sempre foi, maioria no Mineirão.
Impotente, ela viu Dirceu Lopes abrir o placar e o time do Cruzeiro massacrar o Galo durante 45 minutos. No intervalo, a massa que cantava o hino do Atlético foi inflamada por um recado de Dadá Maravilha pelo rádio: “Carro não anda sem combustível.” A fanática multidão encheu-se de brios, fez barulho como nunca, entoou o grito de guerra, encurralou sonoramente a torcida cruzeirense, e o time do Atlético – infinitamente inferior, liderado pelo artilheiro Dario e pelo seu grande goleiro (como é da tradição atleticana) Mazurkiewcz – virou o placar para 2 x 1 sobre o escrete azul, e abriu caminho para a reconquista da hegemonia em Minas, selada com o título estadual de 70 e o Brasileiro de 71. Nenhum dos jogadores atleticanos presentes nessa vitória jamais se esqueceu da energia que emanava das arquibancadas, e que literalmente ganhou o jogo.
Se houver uma camisa alvinegra pendurada no varal num dia de tempestade, o atleticano torce contra o vento.” O achado do cronista Roberto Drummond resume a mitologia do Galo : contra fenômenos naturais, contra todas as possibilidades, contra forças maiores, a torcida atleticana passa por radical metamorfose e se supera. Superou-se tantas vezes que já não duvida de nada, e cada superação reforça ainda mais a mística, como uma bola de neve da paixão futebolística. Nenhum atleticano hesitaria em apostar na capacidade da Massa de transformar o impossível em possível a qualquer momento, de fazer parar aquela tempestade que açoita o pavilhão alvinegro deixado solitário no varal.
Não surpreende, então, o sucesso que tiveram os jogadores uruguaios que atuaram no Atlético Mineiro, do grande Mazurkiewcz ao maior lateral-esquerdo da história do clube, Cincunegui. Se há uma mística de garra e amor à camisa que se compara à atleticana, é a da celeste, não mineira, mas uruguaia. Só à seleção uruguaia a pura paixão por um nome e um símbolo levou a tantas vitórias inacreditáveis, improváveis, espíritas, ou puramente heróicas.
Ao contrário das torcidas conhecidas por sua origem étnica (Palmeiras Cruzeiro, Vasco), por sua origem social (Flamengo, Fluminense, Grêmio, São Paulo), ou por seu crescimento a partir de uma grande fase do time (Santos, Cruzeiro), qualquer menção da torcida do Atlético Mineiro evoca, invariavelmente, a substância mesma que constitui o torcer. O amor ao time na vitória e na derrota, o apoio incondicional, a garra, a crença de que sempre é possível virar um resultado.
* Armando Nogueira é jornalista. Ele foi pioneiro na televisão brasileira, ao trabalhar, a partir de 1959, na primeira produtora independente do país, dirigida por Fernando Barbosa Lima, onde escrevia textos para os locutores Cid Moreira e Heron Domingues lerem na antiga TV-Rio. Convidado por Walter Clark, foi para a Rede Globo em 1966.
Nos 25 anos que passou na Globo foi responsável ainda pela implantação do jornalismo em rede nacional e pela criação dos noticiosos Jornal Nacional e Globo Repórter.
A partir de 1954, esteve presente na cobertura todas as Copas do Mundo e, desde 1980, de todos os Jogos Olímpicos.
No futebol, é torcedor apaixonado do Botafogo.
Armando Nogueira dedica-se, há alguns, ao jornalismo esportivo e participava de um programa pelo canal fechado SPORTV, e também escrevia uma coluna que era reproduzida em 62 jornais brasileiros. Há dois anos está afastado de suas atividades profissionais na luta contra um câncer, recuperando-se em sua casa, no Rio de Janeiro.

sábado, 1 de setembro de 2012




E AÍ BERNARD... VAMOS CRESCER?

Sou fã incondicional deste menino bailarino da bola. Bernard é a revelação do campeonato e tem um futuro brilhantíssimo. Que Deus o proteja.
O desenvolvimento deste jogador tem sido acompanhado de perto pela torcida atleticana e me considero um grande observador deste crescimento como atleta. Se ele procurar em seus Twitters vai achar um meu bem antigo dizendo: Você será um dos maiores jogadores do mundo.
No clássico contra o Cruzeiro, Bernard teve um comportamento totalmente oposto ao que estávamos nos acostumando e recebeu críticas diversas com razão.
Sua atuação que já não era tão produtiva para o time naquela jogo, acabou sendo totalmente destruída pelo lance do Bolo. Isto mesmo: Bolo. Dizem que era um bolo que ele insistiu em pegar aos pedaços no gramado e foi impedido pelo Leandro Guerreiro com empurrões. Ao retribuir os empurrões ele se igualou ao adversário na violência e em seguida foi expulso de campo junto com seu agressor.
Este comportamento prejudicou demais o Galo.  Ele deve e será perdoado, pois  Bernard tem um crédito muito grande pelo que vem apresentando. Este comportamento  deve servir para ele como um aprendizado. Quando erramos aprendemos mais do que quando acertamos.
Bernard tem que entender que as ações que o estão transformando em um ídolo internacional são seus dribles, corridas e Gols. Não será com pressão ao arbitro ou entregando objetos jogados no campo que esse processo de sucesso e glória irá aumentar.
Concentrando no que ele faz melhor e se envolvendo menos em polêmicas terá um sucesso incrível. Seguindo os exemplos de Pelé, Zico e Reinaldo que passaram pelo futebol somente jogando bola ningém segura esse menino.
Bernard, você tem nosso respeito e admiração. Continue jogando bola. Só jogando bola. 

JORGE GONZAGA
@jjgonzaga

quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Lindo Texto de Mauro Beting... Estive neste jogo no Mineirão.

Atlético Mineiro.

por Mauro Beting

O melhor lance do Atlético não foi num jogo.
Foi fora dele. Foi numa derrota.
Minto, num empate de um time invicto, o supervice-campeão do BR-77.
Não foi o melhor jogo ou jogada.
Mas não teve nada mais atleticano que aquilo: depois da derrota nos pênaltis para o São Paulo, Mineirão e Brasileirão estupefatos pela queda sem derrota de um senhor time de bola, os jogadores baqueados e barreados pela chuva e pela lama se abraçaram no gramado e assim foram ao vestiário.
Foi a primeira vez que vi a cena reverente que virou referência.
Ninguém estava fazendo marketing (nem existia a tal palavra).
Nenhum jogador estava jogando pra galera.
Era fato.
Time e torcida estavam juntos naquele abraço doído e doido.
Como tantas vezes o atleticano esteve junto com o time. Qualquer time.
Nada é mais atleticano que aquilo: um time que se comportou como o torcedor.
Solidário na dor, irmão no gol.
O atleticano é assim: tem a coragem do galo, mas não a crista.
Luta e vibra com raça e amor. Mas não se acha o dono do terreiro.
Sabe que precisa brigar contra quase tudo e contra quase todos. Até contra o vento, na célebre imagem de Roberto Drummond.
Aquela que fala da camisa preta e branca pendurada num varal durante uma tempestade. Para o escritor atleticano, ou, melhor, para o atleticano escritor, o torcedor do Atlético sopraria e torceria contra o vento durante a tormenta.
Não é metáfora. É meta de quem muitas vezes fica de fora da festa. Não porque quer. Mas porque não querem.
Posso falar como jornalista há 17 anos e torcedor não-atleticano há 41: não há grande equipe no país mais prejudicada pela arbitragem.
Os exemplos são tantos e estão guardados nos olhos e no fígado.
Não por acaso, o atleticano acaba perdendo alguns jogos e títulos ganhos porque acumulou nas veias as picadas do apito armado.
Algumas vezes, é fato, faltou time. Ou só sobrou raça. Mas não faltou aquilo que sobra no Mineirão, no Independência, onde o Galo for jogar: torcida.
Pode não ser a maior, pode não ser a melhor, pode até se perder e fazer perder por tamanha paixão, cobrando gols do camisa 9 como se todos fossem Reinaldo, pedindo técnica e armação no meio-campo como se todos fossem Cerezo, exigindo segurança e elegância da zaga como se todos fossem Luisinho.
Mas não se pode cobrar ninguém por amar incondicionalmente.
O atleticano não exige bola de todo o time. Não cobra inspiração de cada jogador. Quer apenas ver um atleticano transpirando em cada camisa, em cada posição, em cada jogada.
Por isso pede para que o time lute.
É o mínimo para quem dá o máximo na arquibancada.
A maior vitória atleticana é essa. Mais que o primeiro Brasileirão, em 1971, mais que o vice mais campeão da história do Brasil, em 1977.
Os tantos títulos e troféus contam. Mas tamanha paixão, essa não se mede. Essa é desmedida. Essa é a essência atleticana.

Essa é centenária.

Essa é eterna.

 

http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/